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        Comunicação Não Violenta na escola: por que ensinar esse conceito às crianças e adolescentes?

        14 maio 2025

        Vivemos em um mundo repleto de exigências e emoções intensas. Para crianças e adolescentes, lidar com tudo isso é ainda mais desafiador. Neste cenário, a Comunicação Não Violenta na escola é um caminho para desenvolver habilidades socioemocionais, promover o bem-estar e melhorar o relacionamento entre educadores, familiares e alunos.

        Mais do que uma técnica de fala, a CNV é uma forma de enxergar e se relacionar com o outro. Quando aplicada no ambiente escolar, transforma a convivência, fortalece vínculos e convida todos a escutarem com mais atenção e a falarem com mais consciência. 

        No lugar de gritos, julgamentos ou punições, entram em cena o acolhimento, o diálogo e a busca conjunta por soluções. E é justamente por isso que o conceito tem ganhado cada vez mais espaço nas escolas comprometidas com uma educação integral e humana. Afinal, o que é Comunicação Não Violenta e como ela pode ser aplicada na escola? Acompanhe!

        O que é Comunicação Não Violenta?

        A Comunicação Não Violenta foi desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg e tem como base quatro pilares principais. São eles:

        • Observar sem julgamento;
        • Reconhecer os sentimentos envolvidos;
        • Identificar as necessidades por trás desses sentimentos;
        • Fazer pedidos claros e respeitosos.

        Assim, quando crianças e adolescentes aprendem esse caminho desde cedo, passam a se expressar de maneira mais saudável, respeitosa e honesta e a ouvir com mais empatia, o que transforma as relações dentro e fora da escola. Por isso, é uma ferramenta poderosa que utilizamos de forma estratégica na rotina escolar. 

        “A CNV possibilita trabalhar as resoluções de conflitos buscando soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos, tornando o ambiente mais acolhedor e colaborativo. A comunicação eficaz, honesta e direta representa na prática nosso valor de abertura, diálogo e respeito, encorajando e compreendendo nossos alunos em um cenário de protagonismo que potencializa o desenvolvimento pessoal e acadêmico dos alunos” comenta Karlla Bruna da Silva Rodrigues, Diretora Pedagógica do Multiverso Damas.

        Comunicação Não Violenta na escola: como aplicar entre alunos da Educação Infantil

        Na Educação Infantil, a CNV começa com o aprendizado mais básico, mas essencial: nomear o que se sente. Muitas vezes, a criança expressa sentimentos por meio de comportamentos que podem ser confundidos com “teimosia”. Antes de tudo, é preciso ajudá-la a entender o que está acontecendo dentro dela.

        Como aplicar CNV com os pequenos:

        • Use histórias infantis que abordem sentimentos e conflitos de forma leve e acessível;
        • Crie espaços como a “roda da emoção” para que as crianças possam compartilhar como estão se sentindo;
        • Tenha por perto recursos visuais com expressões faciais e palavras simples (feliz, triste, com medo, bravo);
        • Quando uma criança estiver agitada ou chorando, valide seus sentimentos.

        Dessa forma, essas pequenas ações ajudam a criança a se sentir compreendida e segura, o primeiro passo para aprender a se comunicar com empatia.

        Comunicação Não Violenta na escola para alunos do Fundamental e Médio

        À medida que crescem, os alunos enfrentam novos desafios emocionais e sociais. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a Comunicação Não Violenta se torna uma ferramenta essencial para lidar com conflitos, frustrações e diferenças de opinião. 

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        A adolescência, em especial, é um momento de intensas transformações, e a CNV oferece caminhos para lidar com tudo isso de forma mais consciente.

        Como incentivar a CNV entre os mais velhos:

        • Crie espaços de fala seguros, como rodas de conversa ou assembleias, para debater temas do cotidiano escolar;
        • Incentive os alunos a se expressarem usando frases como “Eu me sinto… quando…” e “Gostaria que…”;
        • Trabalhe o desenvolvimento da empatia com dinâmicas que envolvam a troca de papéis e o olhar para diferentes pontos de vista;
        • Valorize a escuta ativa e o respeito nas relações entre os colegas e com os professores.

        Em outras palavras, quando os adolescentes percebem que podem se expressar sem medo de julgamento, e que suas necessidades serão ouvidas com atenção, o ambiente escolar se torna mais acolhedor, e o aprendizado é fortalecido.

        “Entre os principais desafios da CNV podemos observar a resistência de muitas pessoas que estão habituadas a padrões reativos de comunicação que incluem apenas desqualificações sem escuta ativa ou empática. Mudar esse padrão exige tempo e esforço”, analisa a Diretora Pedagógica do Multiverso Damas.

        A Comunicação Não Violenta nos colégios Multiverso

        Nos colégios da rede Multiverso Educação, a Comunicação Não Violenta não é só uma proposta teórica, mas é uma prática viva e presente no dia a dia das nossas unidades. Nossos educadores são formados continuamente para aplicar os princípios da CNV com sensibilidade, escuta e respeito.

        Mais do que ensinar conteúdos, desenvolvemos nas crianças e adolescentes a capacidade de se conectarem com suas emoções e com as emoções do outro. Isso acontece em sala de aula, no recreio, nos projetos, nas interações com os colegas e com a equipe pedagógica.

        Acreditamos que uma escola que fala com empatia é também uma escola que cuida, acolhe e transforma.

        “Na escola, costumamos manter canais abertos e acolhedores de diálogo constante. Direção e coordenação estão presentes no portão diariamente e disponíveis no canal de comunicação oficial – Agenda Digital. Sempre demonstrando escuta ativa, empatia e respeito — pilares da Comunicação Não Violenta. Ao adotar uma postura acessível e receptiva, fortalecemos a confiança das famílias, criando um ambiente onde todos se sentem à vontade para expressar suas dúvidas, sentimentos e contribuições de maneira construtiva. Assim, juntos, escola e família caminham com base no respeito mútuo e na parceria verdadeira”, completa Karlla.