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        Inadimplência nas escolas: como resolver?

        21 março 2023

        Por Bruno Alcântara, Diretor Financeiro da Multiverso Educação.

        A conta mais importante da família e a última na prioridade do pagamento, contribuindo para a inadimplência nas escolas. Mas por que as escolas sofrem tanto com isso?

        As famílias acabam priorizando, infelizmente, o pagamento das contas que mais penalizam elas pelo não pagamento. É o caso dos cartões de crédito, por exemplo, que cobra juros altos e bloqueia rapidamente novas compras caso não seja regularizado.

        Como as escolas podem trabalhar no sentido de melhorar esse cenário?

        Como resolver a inadimplência nas escolas

        Desconto por Antecipação

        As escolas, dentro de suas ações, caso decida por ela mesmo cobrar as mensalidades internamente, pode beneficiar os bons comportamentos dando um pequeno desconto para quem pagar até o vencimento ou mesmo adiantado. Isso, ao longo dos anos, vai criando uma cultura positiva para todos.

        Dito isso, é importante lembrar que, para que seja algo justo, deve ser uma regra para todos sempre. Dar desconto de maneira aleatória ou que fira a faixa de valor adequado pode ser um tiro no pé. Além disso, a cultura na verdade será de sempre recorrer à escola para pedir, o que toma o tempo e energia do que é o mais importante: educar.

        Juros por atraso

        E, no sentido oposto, precisa também não abrir mão dos juros de quem atrasa. Também precisa trabalhar para que ela não tire os juros de quem atrasa, pois no caso cria-se uma cultura que não tem problema atrasar e isso se torne recorrente e se enraíze na cultura da escola. E, claro, não é justo com quem paga em dia ter pais que pagam em atraso sem nenhum problema.

        Sei que muitas vezes a própria diretora pedagógica intermedia essas conversas, e, portanto, precisamos realmente separar esses setores internamente para que a escola não fique prejudicada como estamos. Eu chamo de despersonificar a cobrança, incentivando a inadimplência nas escolas.

        É normal abrir concessões, mas elas não podem virar regra. É simples, se a escola for o local mais fácil para atrasar contas, todos irão atrasar as mensalidades, e aí a gente acaba vendo o que está acontecendo hoje de escolas fechando as portas por conta de inadimplência, e isso não pode chegar a acontecer!

        Assim, é preciso que a família também pense na escola e se estiver passando por um momento ruim e procure também outros fornecedores para negociar que não seja a escola. Essa cultura de concessão fez que nosso mercado de escolas se torne um dos que possuem as mais altas taxas de inadimplência. E um aluno que não paga prejudica todos os outros, pois quem pagará a conta disso, no fim, serão os alunos pagantes e todo o restante do ecossistema escolar.

        Chega um momento que não é questão de falta de empatia, e sim de sobrevivência. É muito triste ver uma escola fechar as portas tendo esse fator principal e vimos isso acontecer bastante na pandemia. Portanto, temos que pensar também nos diretores escolares que se sentem extremamente mal reconhecidos por todo esse cenário. É preciso pensar e salvar as escolas!

        Parceria com empresas de cobrança e/ou garantidoras de crédito.

        Outra forma que vejo, caso não se tenha uma intenção em ter um setor financeiro responsável pelas cobranças é fazer parcerias com empresas garantidoras de crédito, como Isaac e Kedu. Elas vêm se mostrando bem eficazes e parceiras das escolas com pensamento ganha ganha.

        Nesse sentido, vejo que temos um grande desafio pela frente. O de mudar uma cultura e trazer a importância da escola para as maiores prioridades da família em todos os aspectos, inclusive no de pagamento. É assim que devemos tratar o assunto e, como escolas, devemos nos unir para trabalhar na mesma direção e com práticas efetivas que gerem resultado para toda nossa categoria.

        Por Bruno Alcântara, Diretor Financeiro da Multiverso Educação.