Por Fernando Pontes, CEO da Multiverso Educação
É importante avançar dentro das escolas para esse mundo mais tecnológico, melhorar a base com uma educação focada no socioemocional e usar a gestão como um aliado à sobrevivência das escolas
O ecossistema educacional sofreu grandes perdas nos últimos anos em decorrência do momento pandémico. Após a tempestade, o mercado ganha fôlego e se apresenta em franca curva de crescimento e de certa estabilidade. Com a velocidade das mudanças, precisamos desenvolver o que chamamos de lifelong learning, que é a habilidade de estar em constante aprendizado para se adaptar às novas
tecnologias.
A partir da máxima do mercado de trabalho, que é contratar por competências técnicas e rever contratações por competências comportamentais, a educação socioemocional se mostra cada vez mais urgente dentro do ambiente escolar.
Em um contexto global, alguns comportamentos são essenciais para obter êxito no mundo atual. Capacidade de aprender, ser resiliente, comunicação e liderança são, muitas vezes, mais determinantes que alguns conhecimentos técnicos.
Acredito, sim, que o mercado está em constante evolução e que o comportamentos das pessoas e necessidades das famílias estão diferentes. Precisamos estar atentos para gerar melhorias e inovações reais. Para isso, é importante avançar dentro das escolas para esse mundo mais tecnológico, melhorar a base com uma educação focada no socioemocional e usar a gestão como um aliado à sobrevivência das
escolas.
Mas, antes de tudo, devemos colocar as famílias no centro das decisões e criar facilidades para ajudar a vida dos pais e mães de alunos. Quando pensamos dessa forma, nosso interesse pelo aluno aumenta e fica mais fácil entender as necessidades para agregar valor real a todos.
Embora a gestão tenha papel fundamental na construção desse caminho, percebo que ainda não evoluiu como deveria na operação das escolas. O que historicamente ocorreu foi algo mais forçado e menos pensado na melhoria do trabalho dos gestores de unidades, que são a peça-chave para destravar os gargalos dentro do contexto escolar.
Por outro lado, quando a gestão é inserida, com os diretores, por meio de treinamento e desenvolvimento, ela exerce sua missão de ser uma ferramenta poderosa para gerar mais capacidade de execução. A partir daí, é possível formular novas práticas para que a engrenagem da escola gire de forma mais firme, com frutos a serem percebidos no amanhã.